Perdida: Crítica | “Você está exatamente onde deveria estar”
“Não é o tempo nem a oportunidade que determinam a intimidade, é só a disposição.” O trecho de Razão e Sensibilidade de Jane Austen resume perfeitamente a essência de Perdida. Dirigido por Luiza Shelling Tubaldini, o romance é uma fuga total da realidade e um presente para os românticos de plantão.
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Uma mistura dos universos de Jane Austen e Bridgerton com um toque de Outlander, Perdida é certeza de momentos bons com um filme que aquece o coração. Luiza Shelling Tubaldini conseguiu criar um mundo novo sem desrespeitar a história criada por Carina Rissi.
Com um elenco diverso, Giovanna Grigio carrega perfeitamente Perdida em suas costas, a atriz apresenta uma Sofia carismática, verdadeira e uma perfeita heroína de um filme de época, Grigio deixaria Elizabeth Bennet orgulhosa. Apesar de parecer meio travado como Ian Clarke, Bruno Montaleone encanta por seu amor à sua família e suas gentilezas, que parece que desapareceram conforme os anos iam passando.
Emira Sophia, Nathália Falcão e Bia Arantes foram uma surpresa, as atrizes conquistaram o seu espaço na tela e eu preciso urgentemente de mais filmes ou séries com Emira Sophia como Valentina, Nathália Falcão como Elisa e Bia Arantes como Teodora. Luciana Paes é a pior/melhor fada madrinha que uma protagonista poderia ter.
Giovanna Grigio é Sofia em “Perdida” (Foto: Reprodução/Star Originals)
Perdida é um filme perfeito? Não, mas ele é exatamente o que se propôs a ser: uma história de amor. O romance homenageia Jane Austen e, assim que o filme terminou, me veio uma vontade de reler os clássicos. Perdida também aprendeu com Bridgerton que os tempos mudaram e com Outlander que o tempo e os riscos não importam quando o amor é real.
“Uma princesa arrependida pode ter uma segunda chance?” Perdida é a certeza de que os romances ainda são necessários em nossa época, ir atrás do seu sonho e de seu amor não é brega ou batido, mas é o que nos move.
NOTA: 8,5/10
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