Indiana Jones e a Relíquia do Destino: Crítica | “Ao vencedor, o espólio”

Indiana Jones e a Relíquia do Destino: Crítica | “Ao vencedor, o espólio” - Metropolitana FM

Dirigida por James Mangold e protagonizada por Harrison Ford, Indiana Jones e a Relíquia do Destino é um adeus caloroso e agridoce a um dos maiores aventureiros de Hollywood. Apesar de algumas falhas, Mangold entregou o que prometeu: uma clássica aventura de Indiana Jones.

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Quando Os Caçadores da Arca Perdida estreou nos cinemas em 1981, Harrison Ford estava prestes a completar 39 anos quando nos apresentou Indy, um herói sarcástico, leal a seus valores e um amante de aventuras. Em A Relíquia do Destino, Ford está para completar 81 anos e, após viver Indy por 40 anos, o ator trouxe o fator idade para o filme.

Ao contrário de tornar a idade uma vilã, o ator abraçou o tempo como um velho amigo e as referências a sua idade estão presentes em toda a trama. O filme começa com um Indiana Jones — Ford rejuvenescido via CGI — enfrentando os nazistas no final da Segunda Guerra Mundial para depois mostrar um Indiana Jones prestes a se aposentar nos anos 60.

Harrison Ford é Indiana Jones em "Indiana Jones e a Relíquia do Destino" (Foto: Reprodução/Lucasfilm)

Harrison Ford é Indiana Jones em “Indiana Jones e a Relíquia do Destino” (Foto: Reprodução/Lucasfilm)

Ainda lecionando, Indy está claramente cansado de seus alunos, de sua rotina e de jovens. Quando sua afilhada reaparece em meio ao lançamento da Apollo, Jones é obrigado a vivenciar mais uma última aventura para provar sua inocência e salvar o mundo de alguns nazistas.

Um dos acertos do roteiro de Mangold, Jez Butterworth, John-Henry Butterworth e David Koepp foi a trama de Mads Mikkelsen e Phoebe Waller-Bridge. Mikkelsen interpreta Jürgen Voller, um nazista e, obviamente, o vilão do filme, que se torna um cientista importante da NASA e, apesar do seu passado, o Governo dos EUA ainda deu um cargo para o nazista. A trama do personagem de Mikkelsen é uma crítica ao que realmente ocorreu após o fim da Segunda Guerra Mundial onde oficiais nazistas foram perdoados de seu crime e assumiram cargos em diversos governos nos EUA e na Europa.

Voltando a trama… Surpreendendo um total de zero pessoas, Voller não se redimiu e continuou acreditando nos ideais nazistas e ele quer a qualquer custo mudar a história. Waller-Bridge interpreta Helena Shaw, a afilhada de Jones, ela ao contrário do padrinho lida com o lado obscuro da arqueologia, ela sabe o preço de cada artefato e para quem deve vendê-lo — a quem pagar mais. Helena é o oposto do padrinho e sua química com Indiana é envolvente, a dupla mais Ethann Isidore, o Teddy na aventura, se tornaram um grupo que é impossível não defender.

Phoebe Waller-Bridge é Helena Shaw em "Indiana Jones e a Relíquia do Destino" (Foto: Reprodução/Lucasfilm)

Phoebe Waller-Bridge é Helena Shaw em “Indiana Jones e a Relíquia do Destino” (Foto: Reprodução/Lucasfilm)

Apesar da ausência de Shia LaBeouf no último filme da franquia, o ator que interpretou Mutt Williams, o filho de Indiana Jones e Marion Ravenwood (Karen Allen) em O Reino da Caveira de Cristal (2008).Mutt é referenciado em diversos momentos do filme e é uma das razões de Indiana não estar com Marion no começo de A Relíquia do Destino.

Indiana Jones e a Relíquia do Destino é clichê? Sim. Acontecem coisas bizarras que são fisicamente inexplicadas? Sim. O vilão é um nazista? Obviamente, ele é. E, por conta dessas respostas, o quinto e último Indiana Jones é ótimo.

Nota: 9,0/10

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