Ruby Marinho: Monstro Adolescente: Crítica | “É claro que adoram, as pessoas são burras”
Ruby Marinho: Monstro Adolescente é a nova animação da DreamWorks e, assim como na franquia Shrek, a animação também fez barulho por satirizar uma animação da Disney — uma animação adaptada em live-action recentemente. Dessa vez, Ariel foi a escolhida para se tornar a vilã da nova história do estúdio.
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A trama de Ruby Marinho não tem muito segredo, Ruby é uma adolescente, tímida que faz parte dos matetlas e que se sente completamente descolada do mundo em que vive, afinal ela é uma Kraken. A família Marinho segue uma regra simples: não podem entrar em contato com a água.
Apaixonada pelo skatista Connor — que também é apaixonado pela protagonista, Ruby Marinho é amada por seu grupinho de amigos. Tudo começa a dar errado quando a jovem é proibida pela mãe de ir ao Baile do colégio que ocorrerá em alto mar e será a única de seu grupo a não comparecer.
Convencida a participar escondida do baile, Ruby resolve chamar Connor ao baile, mas tudo dá errado quando Connor cai no mar e, desobedecendo completamente à mãe, a adolescente pula para salvar o amado.
No fundo do mar, Ruby se transforma em uma Kraken gigante e, quando achamos que tudo dará certo porque Connor foi salvo… Surge Chelsea, a novata do colégio que é considerada a grande salvadora do skatista. Com a cidade descobrindo sobre a existência dos Krakens e a família de sua mãe indo atrás delas, Ruby precisa aprender a lidar com a nova fase de sua vida.
Ruby Marinho: Monstro Adolescente acerta em sua “moral da história”, a insistência educativa da trama em dizer que você não deve mentir nem esconder quem realmente é, pois, a família e os amigos devem se apoiar reciprocamente.
Outro acerto da animação são os coadjuvantes, Margot, Trevin, Bliss e Connor mereciam mais tempo de tela. Margot é a melhor amiga de Ruby, dramática e corajosa para chamar a garota que gosta para ir ao Baile com ela, Trevin e Bliss são o casal improvável formado pelo gamer nerd e a gótica e Connor é o amor de Ruby, que fica desolado e vai sozinho ao Baile.
Gordon Lighthouse, Arthur Marinho, Sam Marinho e Brill roubam todas as cenas que aparecem, o guia do turístico e os integrantes masculinos da família de Ruby são engraçados e roubam completamente a cena quando aparecem. Os momentos de Ruby descobrindo o oceano e os seus poderes é um dos melhores momentos do filme e, apesar de ser a vilã, a Chelsea é carismática demais. A química entre Ruby e Chelsea faz a revelação da sereia como vilã um momento bem dolorido.
Ruby Marinho começa querendo apresentar uma história original, mas acaba virando um crossover estranho de Red: Crescer é Uma Fera (2022) e A Pequena Sereia II: O Retorno para O Mar (2000). Um ciclo vicioso de cobrança entre vó, mãe e neta é representado entre a Rainha Guerreira dos Sete Mares, Agatha e Ruby. Por ter sido cobrada para ser uma guerreira pela mãe, Agatha acaba contra a sua vontade criando uma Ruby insegura. E, ao fugir de seu passado, Agatha escolhe esconder quem é de seus filhos, forçando Ruby a descobrir sobre o seu passado sozinha.
Ruby Marinho: Monstro Adolescente é uma animação que demora para se desenvolver e quando se desenvolve, acaba. Não é a melhor animação que a DreamWorks já fez, mas acerta em seu propósito em ensinar que se você aceitar quem realmente é, pode conquistar o seu mundo.
Nota: 7,5/10
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