Quimerismo: conheça a doença de Brisa em “Travessia”

Quimerismo: conheça a doença de Brisa em “Travessia” - Metropolitana FM

Após rumores de que Ari (Chay Suede) não é pai de Tonho (Vicente Alvite), Brisa (Lucy Alves) exigirá que seja realizado um teste de DNA para comprovar a paternidade do arquiteto. Apesar de comprovar a paternidade de Ari, o resultado do exame também afirma que a maranhense não é a mãe biológica da criança. Mas, como isso é possível sendo que Brisa carregou Tonho no ventre?

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Simples, existe uma condição genética muito rara conhecida como “quimerismo”. Antigamente, o termo designava um monstro mitológico grego com aparência híbrida de dois ou mais animais, geralmente com três cabeças: uma de leão, cabra e serpente ou dragão.

Na mitologia grega, a Quimera é filha dos monstros Equidna e Tifão, sendo o animal de estimação do rei de Cária

Na mitologia grega, a Quimera é filha dos monstros Equidna e Tifão, sendo o animal de estimação do rei de Cária (Foto: Reprodução

Com o tempo, a ciência descobriu que uma pessoa também pode ter essa forma híbrida, porém em seu DNA. Apesar de rara, um indivíduo pode ter dois ou mais tipos distintos de DNA’s em seu corpo. O primeiro caso foi publicado no British Medical Journal, em 1953, quando uma britânica apresentou os tipos sanguíneos, O e A. Após pesquisas, foi constado que a jovem tinha o sangue misto com o seu irmão gêmeo.

O caso de Brisa é inspirado na história de Lydia Fairchild, que passou pelo mesmo sufoco que a maranhense. Fairchild precisou fazer um exame de DNA, exigido pelo governo estadunidense, para ter acesso a assistência social. No entanto, os teste afirmaram que os seus três filhos não eram seus biologicamente. O Estado entrou com um processo contra Fairchild por fraude na previdência e, após longos meses, foi constatado que a jovem era portadora de quimerismo.

Glória Perez se inspirou na história de Lydia Fairchild para escrever a história de Brisa

Glória Perez se inspirou na história de Lydia Fairchild para escrever a história de Brisa (Foto: Reprodução/Instagram)

Tipos de quimerismo

O DNA é responsável pelo armazenamento, processamento e expressão das informações genéticas de um organismo, ou seja, a combinação dos genes de um DNA torna cada indivíduo único. Estes genes estão localizados nos cromossomos de uma pessoa.

Com exceção dos gêmeos univitelinos, cada ser humano possui um padrão genético exclusivo, o que permite identificar ou comparar as pessoas. No entanto, como mencionado anteriormente, há casos em que isso não é regra. Há três maneiras de uma pessoa ser portadora de quimerismo:

Microquimerismo

Este é o tipo mais comigo e acontece durante a gestação. Durante todo o período gestacional, ocorre a troca de células entre a mãe e o feto, acontecendo um aumento progressivo do DNA do bebê. Acontece que, em determinados casos, as células do filho permanecem no corpo da mãe por muito tempo após o nascimento.

Cientistas afirmam que essa mudança no DNA, a partir da absorção das células do seu filho, pode ser passada para o seu próximo filho. Assim, as células do primogênito da família será presente no sangre dos seus irmãos. Há também o caso não embrionários, como aconteceu no estudo  Revista Brasileira de Alergia e Imunopatologia com 75 pacientes, comprovando quimerismo em pelo menos seis delas após uma transfusão de sangue e transplante renal.

Tetragamético

O Tetragamético ocorre de uma forma ainda mais alucinante. Dois óvulos são fecundados por dois espermatozoides, acontecendo em gestações gemelares, ou seja, quando a mãe está grávida de gêmeos. No entanto, durante a gestação, pode ser que um dos bebês absorva o seu irmão nos estágios iniciais de desenvolvimento. Com isso, ao nascer, o bebê terá em seu corpo o seu DNA e o de seu irmão. Neste caso, as pessoas podem ter heterocromia (olhos de cores diferentes).

Partenogenético

É formada quando um óvulo foi fecundado por dois espermatozoides. Neste caso, o material genético do pai fornece o dobro de sua dosagem. Este caso é ainda mais raro! Uma australiana se surpreendeu ao descobrir que os seus gêmeos são “semi-idênticos”.  Os bebês são simultaneamente bivitelinos e univitelinos, pois dois espermatozoides de seu pai fecundou apenas um óvulo de sua mãe.

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