Morre Gal Costa, uma das maiores vozes do MPB, aos 77 anos
A cantora Gal Costa morreu na manhã desta quarta-feira (9) aos 77 anos. A informação foi confirmada através da assessoria de imprensa da cantora, que não informou a causa da morte. Às pressas, Gal Costa cancelou sua apresentação no festival Primavera Sound, que aconteceu no último fim de semana em São Paulo.
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Em comunicado, a cantora estaria se recuperando de uma cirurgia para a retira de um nódulo. “A cantora Gal Costa, após o procedimento de retirada de nódulo na fossa nasal direita, realizado há três semanas, encontra-se em processo de recuperação. Seguindo as recomendações médicas, suas apresentações estão suspensas até o final do mês de novembro, não sendo possível sua participação no festival Primavera Sound, como era previsto”, informou Nilson Raman, tour manager da cantora.
Gal Costa foi essencial para a Bossa Nova durante a Ditadura Militar (Foto: Reprodução/Instagram)
A última publicação da cantora em suas redes sociais foi um vídeo demonstrando apoio a Lula (PT). Em vídeo, Gal Costa faz o famoso “L” com as mãos, símbolo que ganhou força nas eleições 2022. Embora última, esta não foi a sua primeira manifestação política!
Gal Costa é muito conhecida por sua resistência às opressões. A cantora encerrou a sua apresentação no festival Coala engajando o seu público a fazer a diferença nas urnas. “Vamos votar direitinho, vamos votar com sabedoria e com inteligência. Vamos votar sem ódio e vamos votar com amor. Vamos lá”, brandou ao som de “Brasil“, música de Cazuza.
Confira o vídeo completo:
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Importância na Ditadura Militar
Durante a ditadura militar, Gal Costa assumiu o papel de porta-voz de muitos músicos que foram exilados, assim como de muitos jovens que sofriam represálias. Ao lado de Elis Regina e Chico Buarque, a cantora integrou a “faixa de prestígio” ou “selo azul” no mercado consumidor da MPB na década de 1970 na gravadora Philips.
“Eu acho que os artistas podem aprender, de maneira muito clara, a importância de ser um canal de expressão do seu tempo, de usar a arte como um veículo pra expressar os sentimentos do tempo vivido em termos políticos, objetivos e emocionais. Isso continua comunicando de maneira muito forte e ajuda a gente a entender algumas coisas do passado e também a se situar no presente. Assim podemos identificar como as coisas se repetem e de que maneira elas se repetem”, explicou o sociólogo Renato Contente sobre a importância de Gal Costa.
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