Guardiões da Galáxia Vol. 3: Crítica | “Esta história sempre foi sua, você só não sabia disso”
Quando o primeiro Guardiões da Galáxia foi lançado em 2014, eu pensei: “mais um fiasco da Marvel”, lembrando que naquela época os últimos filmes que a Marvel Studios havia lançado era Homem de Ferro 3 (2013), Thor: O Mundo Sombrio (2013) e Capitão América 2 – O Soldado Invernal (2014) e, com exceção do filme de Anthony e Joe Russo, os outros dois foram decepcionantes. Entretanto, James Gunn trouxe uma aventura envolvente e apresentou um grupo de desajustados que ganharam o meu coração facilmente.
Em 2017, estreou Guardiões da Galáxia Vol. 2 e, mais uma vez, Gunn acertou, apesar de não ser melhor que o primeiro, a segunda aventura dos Guardiões é aquela história de ligação necessária. Em Vingadores: Guerra Infinita (2018) e Vingadores: Ultimato (2019), a equipe é facilmente notada, e mostrou como é importante a condução de Gunn na construção dos Guardiões.
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Uma frase dita por Tony Stark (Robert Downey Jr.) em Ultimato exemplifica Guardiões da Galáxia Vol. 3: “Parte da jornada é o fim”. O filme é a última vez dos Guardiões com essa formação e de James Gunn no MCU, o diretor é um dos CEOs da DC Studios desde 2022. O sucesso de Guardiões se deve a Gunn, ele ama os personagens e este universo e é imaginável que outra pessoa pudesse dirigir o filme.
“O importante é que nós estamos bem” — na verdade, eu não fiquei nada bem depois da sessão de Guardiões da Galáxia Vol. 3. Toda a construção da narrativa do filme te prepara para despedida e te relembra a trajetória de cada membro da equipe. Peter Quill (Chris Pratt), Drax, (Dave Bautista), Nebulosa (Karen Gillan), Mantis (Pom Klementieff), Groot (Vin Diesel), Rocket (Bradley Cooper), Kraglin Obfonteri (Sean Gunn) e Cosmo, o Cão Espacial (Maria Bakalova) são os integrantes dos Guardiões e a ausência de Gamora (Zoe Saldaña) faz mais falta para Quill do que para os outros integrantes.
Guardiões da Galáxia Vol. 3. é sobre o Rocket e sobre o fim dos ciclos, é um ponto de reflexão sobre a família que escolhemos e a abnegação de deixar de lado o seu desejo para salvar a vida daquele que se tornou o seu melhor amigo custe o que custar. Gunn introduz o vilão do filme calmamente, o Alto Revolucionário (Chukwudi Iwuji) brinca de Deus e é um sociopata como Thanos (Josh Brolin), entretanto é muito mais charmoso, até que você percebe que ele é tão narcisista e cheio de si que não se importa em acabar com a vida de milhares porque achou um defeito.
As camadas da história de como Rocket se tornou o que ele é, é uma das histórias de origem mais bonitas que o MCU proporcionou. Se você rever os filmes anteriores, terá uma percepção completamente diferente em relação às escolhas de Rocket.
A participação de Adam Warlock (Will Poulter) que era tão aguardada pelos fãs, foi deixada um pouco de escanteio, entretanto Poulter se provou como a escolha perfeita para interpretar um personagem recém-nascido e que não tem muita noção do que acontece ao seu redor. A Gamora, infelizmente, não tem as vivências da Gamora morta em Guerra Infinita e, por mais que Quill queira, ela não pertence aos Guardiões.
A trilha-sonora de Guardiões da Galáxia Vol. 3 composta por John Murphy e com músicas dos anos 70, 80, 90 e 2000, continua sendo um dos pontos altos do filme do começo ao fim. Ao contrário de outros filmes da Marvel Studios, é necessário que você assista pelo menos cinco produções do MCU: Guardiões da Galáxia, Guardiões da Galáxia Vol. 2, Vingadores: Guerra Infinita, Vingadores: Ultimato e Guardiões da Galáxia: Especial de Festas (2022).
Guardiões da Galáxia Vol. 3 é um filme de encerramento que apresenta um novo líder para equipe, os personagens encontram o seu fim com crescimento, eles não são os mesmos apresentados em 2014 e como diz Rocket: “Porque eu sou um Guardião da Galáxia”. Gunn encerra a sua participação na Marvel Studios com excelência sem pontas soltas, ele não foge e entrega o melhor filme da Saga do Multiverso — até o momento.
NOTA: 9,5/10
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