Calvície: especialista explica detalhes do porquê a queda excessiva de cabelo atinge homens e mulheres e como tratar
Cada dia mais pessoas sofrem com problemas capilares que causam queda de cabelo, podendo levar à calvície. Nos últimos meses acompanhamos vários casos de famosos que sofrem com a queda de cabelo excessiva, o assunto se tornou um dos mais discutidos na mídia, após o ator Will Smith se irritar e dar um tapa na cara de Chris Rock, após o comediante fazer uma piada sobre sua esposa, Jada Pinkett, que sofre de alopecia, uma doença que causa a queda dos cabelos nas mulheres.
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Depois do acontecimento várias outras famosas compartilharam que sofrem de alopecia, como as cantoras, Juliette e Maraisa e a top model internacional Naomi Campbell, elas fazem tratamentos para evitar a calvície, que também atinge os homens com maior frequência que as mulheres.
São vários os motivos que podem causar a queda de cabelo, no período da pandemia o número de pessoas com o problema aumentou bastante. Para levar maiores informações para vocês, nossas leitoras e leitores, conversamos com o Dr. Julio Pierezan, ele é especializado em cirurgia de Transplante Capilar (Buenos Aires/ARG), pós-graduado em dermatologia, membro da Sociedade Brasileira do Cabelo (SBC) e da World FUE Institute.
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Metropolitana FM: Por que a calvície ocorre? É sempre genética?
Dr. Julio Pierezan: A calvície é caracterizada pela perda total ou reversível dos fios. Ela é uma condição multifatorial e pode ser desencadeada devido a alteração hormonal, ou por fatores secundários, como estresse, condição genética, doença autoimune, problema de tireoide, deficiência ou excesso de vitamina, uso de alguns medicamentos, e alguns tratamentos, como, por exemplo, a quimioterapia. Nos homens o tipo mais comum é a calvície androgenética, que é a junção da predisposição genética e da alteração de hormônios. Já nas mulheres, o eflúvio telógeno, que é desencadeado por diversas causas.
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Metropolitana FM: Quais são as principais causas?
Dr. Julio Pierezan: O problema pode ser causado por traumas no couro cabeludo, infecções provocadas por fungos ou bactérias, hábitos como arrancar os próprios fios, excesso de oleosidade, uso excessivo de produtos químicos, distúrbios da tireoide, má alimentação e carência de vitaminas, uso de determinados medicamentos e estresse. Dentre elas, as causas mais comuns para homens são a predisposição genética e a alteração de hormônios, conhecida como androgenética, e nas mulheres é uma condição inflamatória, o eflúvio telógeno, que pode ser desencadeado pelo pós-parto, por exemplo.
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Metropolitana FM: Dá para evitá-la, mesmo que a pessoa tenha predisposição?
Dr. Julio Pierezan: Depende. A calvície não tem cura, mas ela pode ser controlada, caso seja de origem genética e/ou hormonal. Quanto antes o paciente notar a rarefação (miniaturização), melhor. Assim que isso acontecer, busque ajuda de um profissional para iniciar os tratamentos clínicos preventivos necessários. Agora se você só notar a falta de cabelo após perder uma grande quantidade dele, talvez seja necessário recorrer ao transplante para amenizar a situação. Já quem sofre com calvície causada por outros fatores, também precisa de tratamento médico, começando pela identificação e remoção do motivo e depois dar seguimento com o tratamento clínico ou cirúrgico.
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Metropolitana FM: Mulheres também podem ficar calvas?
Dr. Julio Pierezan: Sim, apesar de menos comum, as mulheres também podem perder cabelos definitivamente e as causas geralmente são as mesmas para ambos os sexos: genética, ou outros fatores, como estresse, doenças dermatológicas, a menopausa etc.
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