Reynaldo Gianecchini se assume pansexual mas lamenta pressão sobre sexualidade: “Uma vida inteira”

Reynaldo Gianecchini se assume pansexual mas lamenta pressão sobre sexualidade: “Uma vida inteira” - Metropolitana FM

Reynaldo Gianecchini segue em cartaz no musical ‘Priscilla, Rainha do Deserto‘ onde tem dado vida para uma drag queen e em entrevista para Lucas Selfie, o ator desabafou sobre as críticas que vem recebendo e explicou que mesmo se assumindo pansexual as pessoas seguem questionando e o pressionando para abrir sua vida pessoal e expor ainda mais sua sexualidade.

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“As pessoas perdem muito tempo querendo falar da sexualidade do outro. Sexualidade não se fala, não se descreve. Você não sabe o que rola na intimidade. E foi o que aconteceu muito comigo. As pessoas ficaram falando uma vida inteira sobre a minha sexualidade. E falam até hoje. É porque antes eu não saía do armário. Agora, eu saí do armário, e as pessoas me julgam. Ou dizem: ‘Quer lacrar em cima disso agora'”, desabafou o ator.

Em seguida, Reynaldo Gianecchini aproveitou para falar sobre seu musical: “As pessoas tratam a sexualidade de forma muito banal. As pessoas resolvem essa coisa da sexualidade nas gavetinhas e em ‘Olha a cabeleira do Zezé. Será que ele é? Será que ele é?’ A sexualidade passa por muitas coisas. Passa por uma questão de afeto, às vezes ela é contraditória. A gente demora um tempo para entender todas as nuances. Precisa ter muito coragem para você ter a liberdade de olhar para a sexualidade”, finalizou.

Reynaldo Gianecchini desabafa sobre agressões após se assumir panssexual

O ator foi o convidado para o podcastPodDelas‘ e aproveitou o momento para revelar algumas situações que viveu em sua vida pessoal, principalmente depois de se assumir panssexual. Na ocasião, Gianecchini usou de exemplo seu novo papel no teatro, dessa vez, o famoso interpretará a drag queen Mitzi/Tick no musical Priscilla, Rainha do Deserto.

No papo, o ator explicou que os comentários surgem de todos os lados, mas principalmente pela comunidade LGBTQIA+ e então, desabafou: “Eu só não quero ficar preso, eu nunca quis ficar rotulado com isso. Tinha uma galera LGBT que também me criticava muito, porque sempre falaram: ‘Que você nunca lutou pela causa’. Isso é uma p*ta de uma injustiça, porque eu, inclusive, já falei que sou uma das letrinhas. Tem uma galera dentro da comunidade LGBT que não acolhe, né. Isso é uma coisa que eu tenho falado. A comunidade quer acolhimento, quer respeito e tem uma parcela dela, que dentro delas, elas não acolhem, não respeitam. Eu me senti bastante agredido até”, concluiu.

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