Mônica Martelli revela abuso sexual aos 14 anos

Mônica Martelli emocionou todos na última quarta-feira (11) ao revelar um pouco mais sobre a sua vida íntima. Em participação ao podcast “Quem Pode, Pod“, apresentado por Giovanna Ewbank e Fernanda Paes Leme, a atriz revelou ter sido abusada sexualmente aos 14 anos.

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Martelli explicou que algumas situações, consideradas abusos atualmente, eram vistas como corriqueiras e normais na relação entre um casal. “Eu tinha 14 anos e não foi fácil. A questão é a seguinte: eu sou de uma época em que você ter uma luta corporal com o menino era normal. Em que sentido? [No sentido de que] você beijava o menino, ela vinha com a mão no peito. Você tirava a mão no peito, ele [colocava] a mão na bunda. Então, você passa a noite beijando e na luta corporal, entendeu? E isso era normal”, afirmou.

Em seguida, a atriz afirmou que quando perdeu a virgindade após tentar se desvincilhar desse rapaz. “Aí, a primeira transa foi assim, foi essa luta corporal, mesmo eu sendo apaixonada. Quando eu entendi e nós entendemos de pouco tempo para cá, que teve essa conscientização maior, que estupro é você simplesmente não querer. Se você fala ‘não’ e ele forçar é estupro. Ali eu falei: ‘então eu fui estuprada’. Eu não queria, foi essa luta corporal”, complementou.

Apesar de ter sido apaixonado pelo namorado, Mônica Martelli explica que, na época, não tinha a intenção de transar, deixando claro, que foi estuprada. “Acabou que rolou, foi legal, eu era apaixonada pelo cara, mas eu não queria, não queria naquele dia, naquele lugar”, afirmou.

Conscientização do abuso

Mônica Martelli ainda desabafou quando o ocorrido na adolescência era um abuso e não uma situação normal para uma jovem. “ouco tempo atrás. Dessa tomada de consciência, desse novo feminismo, quando veio e atingiu muitas mulheres. Isso veio muito forte. Era naturalizado esse tipo de comportamento, a gente passava por isso e nem comentava com amiga. Eu lutei muito ali, então, eu fui estuprada”.

Por fim, Martelli questiona os possíveis cenários para que um abuso aconteça, que pode, sim, ser com pessoas próximas, de maneiras “romantizadas”. E quando a gente estava falando sobre estupro, porque na minha cabeça, na minha geração, o que que é estupro? É um beco escuro, um cara com capuz e uma faca”.

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