Ministro do esporte a filme com Stallone: confira 7 curiosidades inusitadas da vida de Pelé

Pelé faleceu na tarde da última quinta-feira (29) de falência de órgãos em decorrência a um câncer de cólon. O Rei do Futebol estava há um mês internado no hospital Albert Einstein, em São Paulo. Em homenagem, nós, da Metropolitana FM, separamos uma lista com curiosidades pouco conhecidas do ex-jogador de futebol, que vão de astro de cinema a Ministro do Esporte do governo de FHC. Confira:

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Apelido

Edison Arantes do Nascimento é o nome de batismo de Pelé. Nascido em Três Corações, em Minas Gerais, João Ramos do Nascimento e Celeste Arantes escolheram o nome de seu primogênito em homenagem ao estadunidense Thomas Edison.

O seu icônico apelido surgiu naturalmente! Quando pequeno, Pelé era fã do goleiro Bilé, titular do Vasco de São Lourenço. Por conta de seu sotaque mineiro, sempre que o ex-jogador gritava “Biléee” e “Segura, Bilé” soava como “Pilé” e “Segura, Pilé”.

Carreira como ator

Pelé também se tornou um astro de cinema! O craque participou do filme “Os Trapalhões e o Rei de Futebol“, dirigido por Carlos Manga (1928 – 2015), durante a final da Taça Guanabara. No intervalo da partida entre Vasco e Flamengo, Renato Aragão e Pelé tiveram apenas 15 minutos para gravar a última cena do filme para 121 mil pessoas no Maracanã.

Ao todo foram mais de dez filmes, porém, “Fuga para a Vitória“, dirigido por John Huston, se tornou uma das maiores aleatoriedades da carreira de Pelé. A trama acontece durante Segunda Guerra Mundial e mostra Sylvester Stallone, Michael Caine e Pelé presos num campo de concentração nazista. Numa tentativa de fuga no intervalo, os seus personagens topam o desafio dos alemães para uma partida de futebol.

Apesar da inspiração da “Partida da Morte“, evento real da propaganda nazista, o jornal “The New York Times” descreveu a produção como “leve e divertido”. “A beleza do desporto, especialmente a elegância do extraordinário Pelé, é capturada numa série de filmagens em câmara lenta que comunicam algo da apreciação e excitação que só pode ser experimentada por um verdadeiro adepto”, afirmou o crítico.

Ministro do esporte

Pelé foi convidado por Fernando Henrique Cardoso para ocupar a pasta de esporte entre 1995 e 1998. Uma das suas maiores contribuições foi com a Lei n.º 9.615, conhecida como Lei Pelé, que serviu como substituta de Lei Zico (Lei n.º 8.672/93).

Sancionado em março de 1998, a lei garante com que o clubes de futebol se tornem empresas. Além disso, a partir deste momento, os jogadores teriam direito ao “passe”, vínculo entre o atleta e o time em que atua – antigamente, apenas os times teriam direito de negociar os contratos dos jogadores.

Parou uma guerra na África

Isso mesmo! Pelé foi responsável por pausar a sangrenta Guerra do Biafra, que desolou a Nigéria em 1966. O Santos foi convidado pelo governo nigeriano para um amistoso em Benin City, região centro-oeste do país. O time de Pelé venceu a equipe local por 2 x 1, com gols de Toninho Guerreiro e Edu.

De acordo com o antropólogo José Paulo Florenzano, da PUC-SP, os brasileiros interromperam a guerra como também foram utilizados como “peças de propaganda pelo governo contra os separatistas de Biafra”. Por fim, o conflito durou até janeiro de 1970 com a derrota dos separatistas. Mais de dois milhões de pessoas foram mortas.

Maior vencedor de Copas do Mundo

Pelé chamou a atenção do mundo com a sua destreza no futebol. O talento era tão grande que o craque conquistou para o Brasil a taça da Copa do Mundo em 1958, 1962 e 1970. Aliás, nas quartas de final do Mundial de 1958, Pelé se tornou o jogador mais jovem da história a marcar um gol durante a Copa.

Aos poucos, o craque conquistava o título como Rei do Futebol. Nas partidas, a marcação era reforçada quando o brasileiro entrava em campo. Na Copa de 1962 e 1966, Pelé precisou ser substituído para se recuperar de lesões durante as partidas.

Namoro com Xuxa Meneghel

Xuxa Meneghel e Pelé mantiveram um relacionamento por seis anos. O casal se conheceu numa sessão de fotos para a capa da extinta revista “Manchete“. À época, a Rainha dos Baixinhos tinha apenas 17 anos, enquanto o Rei do Futebol tinha completado 41.

“Uma pessoa importante para mim, talvez o meu primeiro amor. Foi uma pessoa que conheci com 17 anos e tive um relacionamento de seis. Todo mundo que estava comigo, dizia: ‘Nossa, como ela está apaixonada, como ela está de quatro para o Pelé'”, revelou Xuxa em entrevista ao “Fantástico“.

A apresentadora ainda revelou ter sido a segunda opção do jogador de futebol, que se interessou primeiro em Luiza Brunet. “Ele gostou mais da Luiza [Brunet], mas ela era casada. Ele saiu com as mãos me tocando. E começaram a falar que a gente estava namorando”, afirmou.

Por fim, Xuxa revelou que o motivo do término foram as traições muito recorrentes no relacionamento. “Ele me traía, ele dizia estar um relacionamento aberto, mas aberto só para ele, entre outras coisas. Aí, quando eu fiz 23 anos, minha vida estava mudando muito. Eu, inclusive, contei quando a Globo me chamou e ele disse que eu devia recusar. Foi aí que eu percebi que seria muito difícil”, finalizou.

Responsável pela expulsão do árbitro

O árbitro Guillermo Velasquez tentou expulsar Pelé num amistoso entre Santos e Colômbia em junho de 196, em Bogotá. A decisão foi tomada após o Rei do Futebol cometer uma falta em cima do zagueiro adversário. À época, os cartões vermelhos ainda não tinham sido introduzidos nas regras do jogo.

Velasquez não contava que sua atitude seria repudiada por todos em campo. Os jogadores do Santos cercaram o árbitro, que apareceu com um olho roxo minutos depois. Em uma entrevista de 2010, Guillermo Velasquez revelou ter sido instruído a deixa o campo e passar o apito para um dos bandeirinhas.

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