Em cartaz na Netflix com série sobre est*pro, Juliana Paes se pronuncia sobre PL antiaborto

Em cartaz na Netflix com série sobre est*pro, Juliana Paes se pronuncia sobre PL antiaborto - Metropolitana FM

Atualmente Juliana Paes está em cartaz na Netflix com a série ‘Pedaço de Mim‘ que retrata a vida de uma mulher gravida de gêmeos que são fruto de uma violência sexual e aproveitou a repercussão da atração para comentar as discussões ao redor da PL 1904/2024 que equipara o aborto a homicídio após 22 semanas de gestação, mesmo em casos de estupro.

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Foi em uma entrevista para o Splash que a atriz abriu o jogo sobre o assunto: “No Brasil, às vezes, parece que você tem que ficar reiterando o óbvio. Nós, que somos mulheres, temos lugar de fala. Não existe comparação com o que acontece com o corpo de uma mulher abusada. Não existem palavras. Vocabulário é curto para tentar contar emoção, sensação, o misto de sentimentos. O nojo, vergonha, a incompreensão e principalmente a culpa. Debate precisa ser tratado como questão de saúde pública e discutido pelas mulheres. Já que a gente não pode ter isso tratado por mulheres, porque não temos uma maioria nos espaços políticos, mas que isso seja tratado e falado pelas mulheres. A gente precisa de vozes femininas tratando desse assunto. É disso que sinto falta”, finalizou.

Em seguida, Juliana contou como foi gravar as cenas em que a personagem sofre violência e explicou: “O que tentei fazer foi usar a parte mais mecânica do meu corpo e do meu cérebro. Temos uma coreografia. É tentar fazer aquele balé, aquela dança. Foi dessa maneira que me defendi um pouco como mulher dentro da cena. É impactante fazer, é muito difícil. E, intimamente, mexeu comigo de um jeito que, pela primeira vez, era difícil voltar para casa. A gente brinca de nunca levar o personagem para cama, mas, pela primeira vez, foi muito difícil esquecer. Eu tinha dificuldades no meu relacionamento em casa”, disse ela.

Assim como a atriz, Luciano Huck também se pronuncia sobre PL antiaborto na TV Globo

Durante a noite do último domingo (16), Luciano Huck usou seu espaço no ‘Domingão com Huck‘ para opinar sobre a PL 1904/2024. Vale explicar que o projeto deseja mudar o Código Penal, que, desde 1940, defende que não há limite de tempo para realizar o procedimento em caso de violência sexual.

No programa, Luciano Huck fez um posicionamento bastante corajoso: “Não é uma questão ideológica. É uma questão de lógica. Criança não é mãe. É muito cruel obrigar uma vítima de estupro levar até o final uma gravidez. Queria me colocar ao lado de todas essas mulheres que foram vítimas de estupro e não devem ser vítimas de uma injustiça. Eu queria convocar o deputado Arthur Lira, presidente da Câmara dos Deputados. Nós respeitamos o Parlamento brasileiro, foi eleito pelo povo brasileiro, todos os deputado. A gente respeita, mas não é lógico. É minha opinião pessoal. Eu acho isso mesmo”, afirmou.