The Last of Us: Crítica | “Depois de tudo o que passamos juntos. Não pode ser em vão”

The Last of Us: Crítica | “Depois de tudo o que passamos juntos. Não pode ser em vão” - Metropolitana FM

A primeira temporada de The Last of Us terminou no último domingo (12), a série exibida nos canais HBO e na HBO Max é baseada no jogo eletrônico de ação-aventura e sobrevivência homônimo desenvolvido pela Naughty Dog e lançado exclusivamente para PlayStation 3 em 14 de junho de 2013.

Como alguém que só jogou Crash, Aladdin e Tony Hawk’s Pro Skater 2 praticamente, assistir The Last of Us foi uma experiência diferente e emocionante em relação a séries “pós-apocalípticas”. Eu tinha zero experiência com o jogo e, sinceramente, sabia o que era, mas ele era só mais um jogo de PS na minha humilde opinião.

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A série foi um ponto certeiro da HBO; Craig Mazin e Neil Druckmann acertaram ao escalar Pedro Pascal e Bella Ramsey como Joel Miller e Ellie Williams, respectivamente, apesar do descontentamento de alguns fãs. O sucesso de TLOU se deve (em boa parte) as interpretações e a química de Pascal e Ramsey.

Com nove episódios na primeira temporada, The Last of Us foi construindo o seu universo de uma maneira delicada e sem pressa. Apresentando o desespero, a dor e o luto de Joel em When You’re Lost in the Darkness, assim como a esperança de Ellie em Left Behind e Look for the Light.

O roteiro de Mazin e Druckmann leva o expectador para dentro da série, você consegue entender cada atitude de cada personagem, por mais que não concorde. E isso se expande aos personagens secundários como Tommy (Gabriel Luna), Tess (Anna Torv), Marlene (Merle Dandridge), Henry (Lamar Johnson), Bill (Nick Offerman) e Frank (Murray Bartlett).

Em apenas 75 minutos, somos apresentados a uma das histórias de amor mais bonitas dos últimos tempos da televisão. O amor de Bill e Frankie é delicado e bruto e, em Long, Long Time, vemos Bill se transformar de uma pessoa retraída e receosa em alguém que demostra amor e vive por esse amor, literalmente, o episódio também apresenta a morte como uma conclusão natural da vida.

Bill (Nick Offerman) e Frank (Murray Bartlett) em "Long, Long Time Ago". (Foto: Reprodução/HBO)

Bill (Nick Offerman) e Frank (Murray Bartlett) em “Long, Long Time Ago”. (Foto: Reprodução/HBO)

Outro acerto de TLOU é mostrar o desenvolvimento da relação de Joel e Ellie. A adolescente deixa de ser uma “carga” e se transforma em uma filha, com Joel fazendo o que for necessário para que ela viva, mesmo que isso impeça a descoberta de uma cura e seja necessário um massacre (Sorry, spoiler!).

Joel (Pedro Pascal) e Ellie (Bella Ramsey) em "When We Are in Need". (Foto: Reprodução/HBO)

Joel (Pedro Pascal) e Ellie (Bella Ramsey) em “When We Are in Need”. (Foto: Reprodução/HBO)

Talvez o maior erro da série foi a ausência dos infectados. Sim, tivemos muitas cenas com eles, mas senti falta da tensão que eles traziam em alguns momentos de The Last of Us. Outra coisa que me incomodou foi um pouco da narrativa, apesar de o roteiro ser ótimo e explicar a razão de cada atitude, algumas narrativas ficaram incompletas. Fiquei ansiosa por mais da relação entre Marlene e Anna (Ashley Johnson), sobre os 20 anos após o surto, ver mais dos irmãos no fundo do poço após a morte de Sarah (Nico Parker) e, principalmente, mais dos problemas que poderiam ter afligido Frank e Bill.

Mas, apesar dos erros e dos acertos, estou ansiosa para uma segunda temporada e como a Ellie diz: “Depois de tudo o que passamos juntos. De tudo o que eu fiz. Não pode ser em vão”.

Nota: 9/10

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