Pantera Negra: Wakanda Para Sempre termina a Fase 4 do MCU com lições sobre luto e recomeços

Pantera Negra: Wakanda Para Sempre já está disponível nos cinemas brasileiros, o filme de Ryan Coogler finaliza a Fase 4 do MCU. A sequência de Pantera Negra (2018) teve o roteiro reescrito algumas vezes devido à morte de Chadwick Boseman em agosto de 2020. O filme é protagonizado por Letitia Wright, Lupita Nyong’o, Danai Gurira, Winston Duke, Florence Kasumba, Dominique Thorne, Michaela Coel, Tenoch Huerta, Martin Freeman e Angela Bassett.
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Pantera Negra: Wakanda Para Sempre começa homenageando Boseman, na tentativa frustrada de Shuri (Wrigth) de salvar o seu irmão e como Wakanda lidou com a morte de seu Rei e protetor. A introdução é a mais bonita que o MCU tem.
Coogler apresenta um filme excelente que pode ofender alguns, seja porque mostra o luto como uma dor que é sentida diferentemente para cada pessoa ou por mostrar uma nação negra como uma superpotência, fazendo o que qualquer país em sua posição faz.
O diretor roteirizou a dor que o elenco sentiu com a partida silenciosa de Boseman em Pantera Negra: Wakanda Para Sempre de maneira respeitosa, em meio a perda, Coogler conseguiu desenvolver o arco de amadurecimento de Shuri (Wright) e Namor (Huerta) como uma personagem que os fãs precisam ficar atentos.

Chadwick Boseman é homenageado no longa. (Foto: Reprodução/Marvel Studios)
Como em Pantera Negra (2018), somos apresentados a um “vilão” com um motivo completamente justificável para o seu ódio. Nessa hora, um sentimento de “mais do mesmo” aparace, mas ao contrário do fim poético de Killmonger (Michael B. Jordan), Namor (Huerta) poderá ser melhor explorado em filmes futuros.
O ápice de Pantera Negra: Wakanda Para Sempre foram as atuações, destaque especial para Angela Bassett. A atriz é uma das melhores atrizes de sua geração e entrega uma interpretação digna de Óscar. Bassett cria uma Rainha Ramonda que não pode mostrar fraqueza, uma mãe que perdeu seu filho e que precisa defender o seu país e o que restou de sua família com tudo o que for necessário.
Ao contrário do que alguns esperavam, Shuri (Wright) não é uma coadjuvante de sua própria história. A Princesa de Wakanda assume o manto que pertencerá ao seu irmão por necessidade, para salvar o seu povo e por vingança. Ela não é nobre como T’Challa (Boseman) ou alguém que faz o necessário como o seu primo, Erik (Jordan), entretanto, Shuri foi criada pela Rainha Ramonda (Bassett) e valores não são perdidos.
A estreia de Dominique Thorne na Marvel veio como uma brisa alegre em um filme sobre dor. A interprete de Riri Williams é leve e a interação da atriz com Wright e com o restante do elenco é simplesmente natural. O filme também mostra novos contornos da personalidade de Okoye (Danai Gurira), a general das Dora Milaje é uma força, inclusive em meio as suas falhas.
Composta por Ludwig Göransson, a trilha sonora do filme é certeira em levar o público para dentro da narrativa. O compositor sueco que recebeu um Óscar pela Trilha Sonora de Pantera Negra (2018) acertou mais uma vez e não seria estranho se ele fosse indicado ao prêmio novamente.
Pantera Negra: Wakanda Para Sempre fecha a Fase 4 do MCU, uma fase de reinvenção que começou com WandaVision em 2020. Coincidentemente, as duas produções tratam de luto e de recomeços, o filme de Ryan Coogler respeitou o legado de Chadwick e a cena pós-crédito é uma prova disso.

“Dedicado ao nosso amigo Chadwick Boseman”.
Nota: 4,5/5
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