Daisy Jones & The Six: Crítica | “Acho que Daisy pegou Billy (e nós) totalmente de surpresa”
Todos os episódios de Daisy Jones & The Six estão disponíveis na Prime Video há aproximadamente uns dez dias. A minissérie criada por Scott Neustadter e Michael H. Weber é uma adaptação do romance homônimo de Taylor Jenkins Reid e, apesar de ser uma das melhores adaptações literárias já feitas, algumas mudanças doeram no coração e outras são perfeitas para quem leu o romance.
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A primeira coisa que precisamos entender quando assistimos Daisy Jones & The Six é que a minissérie tem um formato de documentário e isso é extremamente importante porque percebemos verdades e mentiras através dos depoimentos dos protagonistas.
O elenco da minissérie foi um dos maiores acertos de Neustadter e Weber, Riley Keough, Sam Claflin, Camila Morrone, Suki Waterhouse, Will Harrison, Josh Whitehouse, Sebastian Chacon, Nabiyah Be, Tom Wright e Timothy Olyphant brilham quando estão em cena. Keough, Claflin e Morrone entregaram aos fãs uma interpretação perfeita de Daisy Jones, Billy Dunne e Camila Marrone, aliás se alguém falou um “a” contra Camila, teremos um sério problema. Waterhouse, Harrison, Whitehouse e Chacon se tornaram os integrantes perfeitos dos Six.
O envolvimento entre as mulheres da produção é algo que deve ser aplaudido, elas não competem entre si, a amizade é exaltada e, apesar dos conflitos, elas não se atacam e se protegem. Inclusive a relação entre Camila e Daisy há respeito e admiração entre elas e nada muda isso.
Uma das coisas que me incomodou da minissérie foi a exclusão de Pete Loving, no romance a banda tem literalmente seis membros: Billy e Graham Dunne, Warren Rhodes, Karen Sirko e Pete e Eddie Loving. A Camila é amada por todos e um “membro” de consideração da banda. Com a exclusão de Pete na adaptação, toda a trama de Pete foi para Eddie. Sim, a tensão com Billy sempre existiu, mas quem resolve sair da banda é o Pete, ele não sai por briga, mas porque sente que já deu a sua jornada como estrela do Rock.
A trama de Daisy Jones, Billy e Camila Dunne foi bem desenhada até o clímax quando percebemos o que seria do futuro do casamento dos Dunne e a parceria de Daisy com Billy. Entretanto, devido a essa trama, um dos momentos mais dolorosos do romance ficou de fora. Não estou falando do aborto de Karen tratado com delicadeza pela produção, mas da reação de Graham depois dele saber que não existia mais um bebê, a sequência do elevador mais o encontro com Billy e, como ele ignorou Graham, quando ele mais precisava do irmão mais velho.
Outro acerto da minissérie foi o desenvolvimento da história de Simone Jackson (Be), enquanto no livro a história da cantora é só pincelada, a produção explorou a fundo sobre quem ela é, a amizade dela com Daisy e a sua própria jornada atrás do reconhecimento.
Daisy Jones & The Six conquista a todos com sua trama, com as músicas — que estão disponíveis nas plataformas digitais — e acerta o tom no drama e romance conforme a história vai avançando. A minissérie é aquele tipo de produção que você assistirá mais vezes e sempre verá algo novo, ela aquece o coração e o quebra em mil pedaços quando termina.
NOTA: 9,0/10
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