Barbie: Greta Gerwig revela ‘versão do diretor’ da comédia com direito a ‘ópera de peido’

Barbie já está há uma semana em cartaz e as curiosidades em torno da comédia de Greta Gerwig continuam surgindo. Em entrevista ao IndieWire, a diretora e co-roteirista de Barbie e o editor Nick Houy falaram sobre uma edição da comédia que continha uma “ópera de peido” que acabou cortada da edição.

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“[‘Barbie’] foi muito mais uma comédia do que ‘Lady Bird’ e ‘Adoráveis Mulheres’”, explicou Nick Houy. “Então nós pensamos, ‘Vamos colocar isso na frente das pessoas e ver como elas reagem.’ Todo mundo é diferente e cada exibição é diferente e nós definitivamente aprendemos, ao longo dos anos, que você realmente tem que deixar as coisas terem uma chance justa e então agir de acordo. Depois de saber que está morto, você precisa tirá-lo de lá.”

“Sempre tentamos fazer uma piada de peido adequada e nunca fizemos isso”, confessa Greta Gerwig, dizendo que o momento foi cortado durante a edição de Barbie. “Tivemos uma ópera de peido no meio [de ‘Barbie’]. Eu pensei que era muito engraçado. E esse não era o consenso.”

“Também estava no lugar errado”, acrescentou Houy. “Precisamos trabalhar isso em um momento narrativo mais significativo da próxima vez.” Gerwig e Houy também colaboraram nos outros dois filmes da diretora: Lady Bird (2017) e Adoráveis Mulheres (2019).

Na entrevista ao IndieWire, a diretora também explicou que ela e o editor tentaram criar um filme que se conectasse com cada expectador individualmente. “Nós dois somos grandes fãs de George Saunders”, explicou Greta Gerwig. “E conversamos sobre seu livro de ficção russo porque, para mim, era um dos melhores livros sobre cinema sem ser um livro sobre cinema. Ele [Saunders] diz, você tem que manter seu leitor no sidecar com você. Enquanto você escreve e edita, você continua verificando-os. O leitor ainda está no sidecar ou perdi o leitor em uma curva?”

“Sempre tem alguém que tem problemas com essas estruturas. Conseguir chegar a essa pessoa em vez de metade do público foi um grande desafio”, acrescentou o editor Nick Houy. “Mesmo se você conseguir uma cena perfeita, se você cortou todas essas outras cenas ou mudou a ordem, ou trabalhou nessas outras cenas, agora você precisa retrabalhar a cena que originalmente era ótima e você está constantemente jogando maluco.”

“Foi quase como se ele [entendesse] o motivo que eu tinha inconscientemente [para escrever a cena], ele conseguiu articular por que não deveria ser cortado”, disse Gerwig sobre sua parceria com Houy. “É isso que você está sempre procurando, pelo menos para mim, em colaboradores é alguém que, quando você, inevitavelmente, no esforço de executar algo, na prática, perde a música da cabeça, eles dizem: ‘Não, não. É assim.’ E então você ouve de novo e pensa, ‘Certo. Essa é a música. Você tem razão.’”

“Tivemos tantas ideias diferentes para [o final de ‘Barbie’], originalmente estávamos filmando coisas para isso. Esse era o plano original. E então tentamos filmagens de estoque e tentamos outras coisas e até filmes pessoais que envolviam quase tudo”, explicou Houy sobre o momento crucial em que a Barbie de Margot Robbie se conecta com a sua humana. “Depois que decidimos que [a montagem da cena] deveria ser realmente sobre mulheres, isso se encaixava.”

“Mesmo que não tenhamos uma assinatura que diga: ‘Esta é uma filmagem [das] pessoas que fizeram o filme. Este é o tecido de suas vidas’, acho que de uma forma inconsciente, é um lembrete de que os filmes são feitos apenas por pessoas”, concluiu Gerwig. “E essas foram as pessoas que fizeram este [‘Barbie’].”

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