Diretor geral de jornalismo da Globo, Ali Kamel deixa emissora após 22 anos

Diretor geral de jornalismo da Globo, Ali Kamel deixa emissora após 22 anos - Metropolitana FM

Ali Kamel é um dos principais nomes do jornalismo da Globo. No entanto, o diretor-geral de jornalismo da emissora vai deixar o cargo em dezembro deste anos após 22 anos de casa. Ali já ocupava o cargo desde 2016 mas já era responsável pelo setor a pelo menos 15 anos. Seu cargo deve ser assumido por Ricardo Villela, que é seu braço direito. A notícia foi confirmada pela Globo nesta terça-feira (29).

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A emissora enviou um recado a imprensa confirmando o desligamento do diretor e segundo o diretor presidente da emissora, o próprio Kamel pediu para sair. O motivo foi a vontade de desacelerar e por isso, quis trocar o cargo para assumir a posição de Coordenador do Conselho Editorial do Grupo Globo, criada especialmente para ele.

Diretor geral de jornalismo da Globo, Ali Kamel deixa emissora após 22 anos

Ali Kamel deixa o cargo de diretor-geral de jornalismo da Globo após 22 anos. (Reprodução/Internet)

O jornalista de 61 anos foi responsável por algumas das principais mudanças no departamento. Kamel foi idealizador das sabatinas com os candidatos a presidência do Brasil no ‘Jornal Nacional‘. Com a saída de Ali Kamel e a promoção de Ricardo Villela a diretor-geral de Jornalismo, a Globo passará por uma dança das cadeiras nos bastidores. O cargo de diretor-executivo de Jornalismo, atualmente ocupado por Villela, passará para Miguel Athayde, atual diretor da Globonews.

Confira como foi o pronunciamento da emissora:

“Caras equipes, Em julho do ano passado, Ali Kamel procurou a mim e ao João Roberto Marinho para falar de planos para o futuro. Após intensos 34 anos dedicados a funções executivas no Grupo Globo, 22 deles na Globo, disse que gostaria de desacelerar. Passada a surpresa inicial, já que Ali está no auge de sua capacidade de pensar jornalismo e gerir redações, procuramos entender suas motivações. Em primeiro lugar, o desejo de experimentar uma rotina diferente da exigida pelos desafios dos cargos de liderança em jornalismo. Ao Ali, nunca faltou entusiasmo pela profissão. Seu grau de comprometimento e dedicação sempre foi extremo, sua lista de realizações, enorme. Era natural que chegasse o dia em que desejasse mais tempo para outras atividades. Em segundo lugar, a certeza de ter desenvolvido profissionais capazes de seguir praticando um jornalismo baseado na pluralidade, isenção e busca pela apuração precisa dos fatos. Ali é um construtor de equipes. Tem uma rara capacidade de explanar cada movimento, sempre amparado em análise minuciosa de fatos e opiniões. E essa qualidade facilitou muito a elaboração de sua sucessão, da qual falaremos mais adiante”, iniciou a emissora, que seguiu.

“Esta é, afinal, uma parceria difícil de abrir mão. Ali sempre foi um companheiro sereno, íntegro, decisivo. Ao longo dos últimos 22 anos, coordenou a cobertura de seis eleições presidenciais e cinco eleições municipais. Entre tantos projetos, como Caravana JN, JN no Ar, O Brasil que Eu Quero Para o Futuro e Brasil Em Constituição, foi dele também, em 2002, a ideia ousada de entrevistar os candidatos à presidência durante o Jornal Nacional, algo até então inédito e que hoje se tornou um evento central, aguardado e muito esclarecedor das campanhas eleitorais. Em todos os grandes eventos, nacionais e internacionais, pudemos sempre contar com a certeza de que, com ele à frente, nosso jornalismo cobriria os fatos com a qualidade que desejamos. Mas, quem conhece bem o Ali sabe que, de todas as coberturas nesses anos todos, a que lhe demandou mais, profissional e emocionalmente, foi a da pandemia. Justamente quando o jornalismo seria mais necessário e nossas equipes mais exigidas, as condições de trabalho impostas pela realidade eram as mais duras. Sob sua liderança, os telejornais cresceram de tamanho, um programa diário dedicado à pandemia foi criado do zero em 24 horas, o espaço do noticiário disparou. Colegas adoeceram“, afirma o comunicado.

[…] Para o lugar de Villela, convidamos Miguel Athayde, diretor da GloboNews. Miguel é o que podemos chamar de prata da casa. É jornalista da Globo desde 1994. Foi produtor dos jornais locais do Rio, editor-executivo e editor-chefe do Bom Dia Brasil. Em 2012, foi convidado a assumir a direção regional de jornalismo do Rio, posição em que comandou coberturas importantes como a preparação da cidade para sediar os Jogos Olímpicos de 2016. Desde 2018, Miguel dirige a GloboNews, onde liderou a cobertura das eleições no ano passado e ampliou a cobertura ao vivo para 20 horas diárias. Durante os próximos meses, Ali, Villela e Miguel trabalharão juntos na transição. Em meu nome e da minha família, agradeço ao Ali pelos anos de dedicação e empenho que tanto nos ajudaram a escrever a história da Globo até aqui. E desejo a ele, ao Villela e ao Miguel sucesso nas novas funções nos anos que estão por vir”, finalizou Paulo Marinho.

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