4 coisas que você não sabia sobre Butão: do Bitcoin à preservação ambiental

4 coisas que você não sabia sobre Butão: do Bitcoin à preservação ambiental - Metropolitana FM
Foto de Pema Gyamtsho na Unsplash

Foto: Pema Gyamtsho na Unsplash

Conheça diversas coisas incríveis sobre Butão, um país asiático muito peculiar. Veja como a cultura e administração governamental podem mudar um país inteiro.

Butão é um país asiático conhecido por ser um reino budista no extremo leste do Himalaia. Ele conta com diversos monastérios, fortalezas e paisagens naturais de tirar o fôlego. Sua capital é o Thimphu e o idioma oficial falado é o dzonga ou butanês, que é a língua falada nos monastérios. Hoje falaremos sobre 4 curiosidades incríveis sobre Butão.

1. Único país com saldo negativo de carbono

O saldo de carbono é calculado em todos os países do mundo. Ele se refere ao volume de gases do efeito estufa (GEE) liberados por aquele local. Atualmente, os maiores emissores desses gases são os Estados Unidos, a China e a União Europeia. Até mesmo o Brasil está alto nesse ranking e, segundo a Exame, ficando em 10° lugar.

Estima-se que os 10 maiores emissores dos GEEs são os responsáveis por mais de dois terços da emissão mundial. Hoje existem esquemas, inclusive, para venda e compra de carbono. Os compradores são os emissores e os vendedores são aqueles que compensam a emissão, removendo os GEEs da atmosfera.

Butão, por sua vez, é o único país do mundo com saldo negativo de carbono. Isso significa que ele consome mais carbono do que emite. O uso de energia limpa, manutenção de florestas e paisagens naturais, incentivo a agricultura ecológica, investimento em tecnologia sustentável, turismo controlado, dentre outros, é o que torna isso possível.

2. O governo minerava Bitcoin em segredo

As criptomoedas têm ficado cada vez mais populares. Hoje diversos países do mundo já estão investindo pesado nelas e se desenvolvendo para incluí-las na sua economia. Os Estados Unidos, por exemplo, têm criado projetos e planejamentos para ampliar o uso e estimular a mineração de criptomoedas e aumentar cada vez mais o preço Bitcoin dólar. A luta para uma regulamentação desse novo tipo de dinheiro também é um destaque quando falamos do aumento na implementação e uso de criptoativos.

Ao redor do mundo, os países que são considerados foco e destaque quando o assunto são criptomoedas é Estados Unidos, Índia, Vietnã e Nigéria. Porém, em 2023 Butão surpreendeu a todos ao revelar que seu governo já minerava Bitcoin desde 2019 com parcerias sólidas.

O setor governamental responsável por gerir a economia do país, inclusive, armazenou boa parte do patrimônio de Butão como criptoativos, principalmente Bitcoin. Graças aos seus processos de investimento em sustentabilidade, inclusive, Butão promove uma mineração verde.

3. A capital Thimphu não possui semáforos nas suas ruas

A capital Thimphu não é o que podemos chamar de grande metrópole. Enquanto cidades como São Paulo tem mais de 11 milhões de habitantes e contam com um tráfego problemático. São Paulo já foi, inclusive, eleita uma das cidades mais congestionadas do mundo. Em ambientes como esse, é inviável até mesmo imaginar um cenário onde não existam semáforos para ditar para onde o motorista ou o pedestre pode ir.

Porém, algumas cidades ao redor do mundo já implementaram essa ideia. Drachten, na Holanda, com 50 mil habitantes, é uma delas, hoje ela não possui mais semáforos nas ruas, bem como Poynton, na Inglaterra, com 15 mil habitantes. Os argumentos para a aplicação dessa estratégia é que os motoristas e pedestres prestam mais atenção dessa forma.

Dentre as capitais no mundo, só há duas que implementaram a extinção dos semáforos, dentre elas Thimphu. Essa é uma cidade de 114 mil habitantes, contabilizados em 2017. O trânsito da cidade é monitorado e administrado por profissionais que direcionam os veículos e organizam as vias da forma mais adequada.

4. O plástico é proibido no país

Ao longo da história da evolução humana, diversos materiais foram trabalhados e moldados para satisfazer as nossas necessidades. Com isso, o vidro, metal, plástico, papel, dentre outros, surgiram como facilitadores do cotidiano. Atualmente, no entanto, já se sabe os malefícios da produção desenfreada de alguns materiais como o plástico.

Uma sacola plástica leva de 10 a 20 anos para se decompor. Enquanto isso, um simples canudo plástico pode permanecer no planeta por até 200 anos. Uma garrafa PET tem potencial para vagar por aí durante até 600 anos.

Butão sempre foi um país sustentável e apresentou, ao longo da história, muitas medidas para preservar a natureza e atuar de forma sustentável. Sua primeira proibição de plásticos foi em 1999. Entre 2005 e 2009 tentaram fazer isso novamente, mas a falta de alternativas fez com que desse errado. Em 2019 um projeto de proibição de plásticos de uso único foi estabelecido para gerir o lixo do país.

O que torna Butão tão especial?

Os países têm suas peculiaridades e características. Butão se destaca em diversos aspectos e chama a atenção por parecer sempre estar à frente dos demais no mundo. Eles conseguem equilibrar tecnologia, meio ambiente, saúde, educação, segurança e todos os demais braços fundamentais para o ser humano em um só lugar e de forma sensata. Sem dúvidas, é um lugar que chama a atenção e deve servir de inspiração para outros países.