Rapper R. Kelly é condenado por tráfico sexual de mulheres e menores de idade

Rapper R. Kelly é condenado por tráfico sexual de mulheres e menores de idade - Metropolitana FM

O rapper R. Kelly foi considerado culpado de chefiar, durante décadas, uma rede de crimes sexuais, após julgamento de seis semanas no Júri de Nova York, que terminou nesta segunda (27).

Entre as vítimas há mulheres e menores de idade.

A promotoria detalhou o padrão de crimes que o artista cometeu, amparado pela sua fama como cantor para se aproveitar de mulheres, jovens e adolescentes para sua própria satisfação sexual.

O rapper de 54 anos pode pegar prisão perpétua. A sentença que define a pena será anunciada no dia 4 de maio de 2022.

Robert Sylvester Kelly, nome verdadeiro do cantor R. Kelly, apareceu no julgamento vestindo uma gravata azul clara, terno de listras da mesma cor e de máscara branca. O artista permaneceu sentado, abaixando a cabeça de vez em quando e fechando os olhos atrás dos óculos.

Abuso e tráfico sexual 

O intérprete do hit “I Believe I Can Fly” também foi considerado culpado de outras oito acusações em virtude da chamada Lei Mann, que proíbe o transporte de pessoas para outros estados por motivos sexuais.

Para a acusação, o cantor se serviu de “mentiras, manipulação, ameaças e abusos físicos” para operar uma “empresa” que lhe permitiu cometer crimes sexuais durante décadas.

De acordo com a promotora Elizabeth Geddes, o rapper “usou seu dinheiro e sua notoriedade pública para omitir seus crimes em plena luz do dia”.

Vítimas também menores de idade

Conforme exposto no julgamento, seis das vítimas do rapper eram menores de idade quando ele manteve relações sexuais com elas.

Várias também relataram que o cantor filmava rotineiramente os encontros, o que em muitos casos, constitui pornografia infantil.

Vale lembrar que esse caso, atrasado mais de um ano por causa da pandemia de Covid-19, é considerado um marco para o movimento #MeToo, por ser o primeiro julgamento importante por abuso sexual no qual a maioria das vítimas — nove mulheres e dois homens — são negros.

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