PF investiga se empresários receberam vacinas falsas contra Covid-19 em BH
A Polícia Federal cumpriu mandado de busca e apreensão na casa de falsa enfermeira do caso
Por: Aline Bueno Silvestre | 30 março - 21:39
A Polícia Federal cumpriu um mandado de busca e apreensão nesta terça-feira (30). O caso investiga Cláudia Mônica Pinheiro Torres de Freitas, suspeita de comercializar e aplicar vacinas em empresários de Belo Horizonte, Minas Gerais.
No entanto, os policiais encontraram vacinas falsas contra Covid-19, além de ampolas de cloreto de sódio. As doses encontradas eram da vacina da gripe. Cláudia é cuidadora de idosos e se passava por enfermeira na aplicação, já que não foram encontrados registros dela no Conselho Regional de Enfermagem de Minas Gerais (Coren-MG).

Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil
Agora, os policias suspeitam de vacinação falsa, desvio de vacinas do Ministério da Saúde ou ainda importação ilegal.
O caso
Cláudia e o filho, Igor Torres de Freitas, são suspeitos de terem comercializado as vacinas e aplicado em empresários numa garagem de ônibus, na terça-feira (23). Após as buscas, os dois foram levados pela Polícia Federal para prestarem depoimento. Além disso, a mulher ainda tem passagem na polícia por furto. Leia o caso completo.
Importação clandestina de vacinas por empresários e políticos
De acordo com o caso, a compra foi feita de forma clandestina, mas o laboratório Pfizer nega envolvimento.
Congresso aprova Projeto de Lei de compra privada de vacinas
A lei determina que as doses adquiridas devem ser doadas ao SUS (Sistema Único de Saúde) até que os grupos de risco sejam totalmente imunizados no país. Além disso, a lei determina que a importação das vacinas seja informada ao Ministério da Saúde.
Após a busca e apreensão das vacinas, elas serão encaminhadas ao Ministério da Saúde para repasse, distribuição e aplicação segundo o PNI.
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