Santa Catarina adota protocolo para decidir prioridade na ocupação de UTIs
Profissionais deverão decidir quais pacientes serão assistidos nos leitos de UTI em caso de esgotamento de recursos
Por: Marina Correa de Genaro | 30 março - 13:30
O estado catarinense é o primeiro a adotar protocolo que permite aos profissionais de saúde decidir quais pacientes devem ter prioridade de atendimento em leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em caso de esgotamento de recursos e insumos insuficientes para atender todos.
O documento assinado pela Secretaria Estadual de Saúde de Santa Catarina, foi redigido e proposto pela Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB), Associação Brasileira de Medicina de Emergência (ABRAMEDE), Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG) e Academia Nacional de Cuidados Paliativos (ANCP).

Foto: Reprodução/Agência Brasil
O objetivo é tornar transparentes e impessoais os critérios de eleição de pacientes para ocupação de leitos. O protocolo permite que os profissionais de determinada unidade de saúde tenham autonomia para decidir a lista de prioridade de atendimentos de forma técnica e objetiva.
Os principais indicadores se referem a presença ou não de comorbidades no paciente e o estágio da doença. O risco iminente de morte também é observado.
Para a médica Lara Patrícia Kretzer, da AMIB, a idade do paciente não é um fato determinante na hora de priorizar o atendimento, mas pode ser levado em conta.
De acordo com a AMIB e ABRAMEDE, há condições essenciais para se dar início à aplicação, por exemplo, reconhecimento do estado de emergência em saúde pública e um esforço razoável para aumentar a disponibilidade dos recursos em esgotamento.
Santa Catarina tem mais de 98% de ocupação geral dos leitos de UTI-COVID. Nesta terça, pelo menos 363 pessoas estão aguardando por vaga em unidades de terapia intensiva.
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