Adidas anuncia fim da parceria com Kanye West após declarações antissemitas

Adidas anuncia fim da parceria com Kanye West após declarações antissemitas - Metropolitana FM

Nesta terça-feira (25), a marca alemã Adidas encerrou a parceria com Kanye West – ou Ye, como também é conhecido – após os comentários de ódio e antissemitas do rapper americano.

+ Eita! Kanye West é processado por família de George Floyd em valor bilionário

Kanye publicou em seu Twitter que iria aumentar seu estado de alerta em relação aos judeus para “death con 3” – uma suposta referência ao “defcon 3”, um dos estágios de segurança mais altos dos Estados Unidos. A expressão significa um sistema de escala de ameaças do Pentágono dos Estados Unidos, isto é, como se fosse uma espécie de ameaça contra o povo judaico.

Logo após, o rapper foi banido da rede social, assim como também foi do Instagram.

Kanye West

A marca alemã Adidas rompe parceria com o rapper Kanye West (Foto: Reprodução/Pinterest)

A empresa de roupas e calçados esportivos divulgou seu comunicado oficial hoje, ao tomar a decisão de encerrar definitivamente o contrato com o músico.

“A Adidas não tolera antissemitismo ou qualquer outra forma de discurso de ódio. Os comentários e ações recentes de Ye foram inaceitáveis, odiosos e perigosos, e violam os valores da empresa de diversidade e inclusão, respeito mútuo e justiça”, declarou.

Com o fim da colaboração, a Adidas suspendeu imediatamente a produção das linhas de produtos – que incluíam tênis e roupas – e também os pagamentos que eram destinados ao rapper e sua marca Yeezy, criada por Kanye para uma linha temática da Adidas que era um completo sucesso desde 2016, quando iniciou a parceria.

Kanye West

(Foto: Reprodução/Pinterest)

De acordo com a revista Forbes, com o rompimento do contrato, Kanye West perde boa parte de sua fortuna, que é estimada em 2 bilhões de dólares.

A marca sofreu pressão na Alemanha para cortar de vez os laços com o artista. O Conselho Central de Judeus comunicou: “A responsabilidade histórica da Adidas está não apenas nas raízes alemãs da empresa, mas também em seu envolvimento com o regime nazista”, declarou Josef Schuster, chefe do conselho.

E continuou: “Eu simplesmente espero que tal empresa – se referindo à Adidas – tome uma posição estrita em relação ao antissemitismo”.

Um dos fundadores da Adidas, Ad Dassler, já chegou a fazer parte do partido Nazista, e a fábrica da empresa foi coagida a produzir munições no fim da guerra.

E a Adidas não foi a única… Balenciaga e Gap também cortam laços com o rapper

A grife de luxo espanhola Balenciaga também rompeu seu contrato com o rapper depois de Kanye ter frequentado um desfile em Paris usando uma camiseta com a seguinte frase: “White Lives Matter” (que significa Vidas Brancas Importam). A expressão é associada a grupos supremacistas brancos.

Já a marca Gap anunciou pela primeira vez seu contrato de 10 anos com Ye para a marca Yeezy Gap em junho de 2020, mas Kanye disse no mês passado que estava encerrando sua parceria com a Gap por causa de “descumprimento substancial”.

Porém, através de um e-mail interno da empresa, o presidente e CEO da Gap Brand, Mark Breitbard, afirmou que decidiu encerrar a parceria porque sua “visão não está alinhada” com o rapper.

Kanye West

(Foto: Reprodução/Twitter/kanyewest)

Mais polêmicas

Kanye tentou se retratar sobre a expressão antissemita publicada por ele em sua página do Twitter.

O rapper declarou: “Eu vou dizer que sinto muito pelas pessoas que eu machuquei com a confusão de ‘death con’. Eu sinto que causei dor e confusão. E eu sinto muito pelas famílias das pessoas que não tinham nada a ver com o trauma que eu passei e que usei a minha plataforma, em que você diz que pessoas feridas machucam outras pessoas, e eu me machuquei”.

Em outra polêmica, divulgada pelo portal americano TMZ, West teria dito que “ama Hitler e o nazismo”. Kanye também já havia dito que a escravidão era uma escolha e chamou a vacina da covid-19 de “marca da besta”.

Recentemente, o artista também declarou que “ninguém é mais julgado do que o homem hétero e branco”. E não para por aí. Durante uma entrevista no podcast Drink Champs, o músico provocou revolta ao dizer que George Floyd não morreu asfixiado. Kanye afirma que a morte foi causada por fentanil – medicamento de uso controlado e normalmente utilizado para anestesia – encontrado em pequena quantidade no organismo de Floyd, vítima que morreu em 2020 devido à violência policial dos EUA.

Logo após ao pronunciamento, a família de Floyd decidiu abrir um processo contra o rapper, o acusando de assédio, apropriação indébita, difamação e inflição de sofrimento emocional. Os advogados da família pedem US$250 milhões – equivalente a R$1,3 bilhões – pelos danos causados.

Fique por dentro de TUDO que está rolando sobre a vida dos famosos, moda, beleza e estilo aqui:

+ Rapper internacional, Kanye West, está namorando a modelo brasileira e ex do L7nnon, Juliana Nalú

+ Kim Kardashian é processada em valor milionário por esquema em rede social

+ Kanye West compartilha fotos de Bruna Marquezine com look polêmico para o desfile da Burberry