Medo da morte? Após luta contra doença grave, Susana Vieira preocupa os fãs com desabafo chocante

Medo da morte? Após luta contra doença grave, Susana Vieira preocupa os fãs com desabafo chocante - Metropolitana FM

Em entrevista ao jornal Extra, Susana Vieira, que lançou sua autobiografia nesta terça-feira (07), abriu o coração sobre as confissões feitas no livro. Em determinado momento do texto, a veterana declarou ter medo da morte e, questionada do assunto, explicou seu ponto de vista.

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“Tenho medo da morte porque adoro a vida. É um clássico. A idade traz uma sensação de estar mais perto do fim. Temo não conseguir fazer tudo que quero, deixar coisas inacabadas, não visitar países… Quero rir muito ainda, fazer uma peça de Shakespeare”, iniciou ela.

“Sempre odiei a ideia de morrer. Quando algo me impacta, logo digo: ‘Meu Deus, é muito cedo’. E continuo, com 81 anos, achando que é muito cedo”, seguiu Susana, que ainda explicou as declarações sobre ter ficado deprimida após ter vencido uma leucemia.

“Não fiquei fechada num quarto, triste, pensando na morte da bezerra. Fiquei em estado de choque. Fiquei andando pela casa. Foi bom. Passei a ter orgulho das minhas coisas. Comecei a olhar para o jardim e… Eu construí cada detalhe dessa casa onde vivo há 15 anos, mas nunca tinha olhado com esse olhar de cuidadora. Vi que precisava não só trabalhar, mas dar mais tempo para mim, para viajar, sair à noite…”, concluiu.

Susana Vieira relembra dia em que foi vítima de abuso

Ainda falando sobre a sua autobiografia, ‘Susana Vieira: Senhora do Meu Destino’, a veterana fez um desabafo sobre o dia em que, infelizmente, sofreu abuso de um vizinho, na época em que morava em Buenos Aires, com apenas sete anos de idade.

“Ao sentir o cheiro de linguiça, que acho maravilhoso, fui atrás do aroma e vi que um homem mais velho estava cozinhando naquele mato. Ele perguntou se eu queria um pedaço da linguiça e eu, muito gulosa, aceitei. Ele me chamou para sentar-se ao seu lado e, nesse instante, levou minha mão até o sexo dele”, contou a atriz.

“Foi chocante, como todo mundo pode imaginar, porque, naquela época, na minha infância e mesmo na juventude em Buenos Aires, não tínhamos a menor ideia do que era sexo. Não havia toda essa exposição do corpo com a qual passamos a viver”, seguiu.

“Quando ele fez isso, senti que aquilo não era normal, que havia alguma coisa errada naquele atitude. Saí correndo e nunca contei nada disso para os meus pais. Não voltei mais àquele jardim… E nunca mais me senti assediada, porque hoje eu posso gritar: ‘Não encosta!’”, afirmou.

“Toda essa história que vivi não me deixou traumatizada. Mas, hoje, quando se fala de abuso sexual de crianças, levo um susto. O ser humano e as instituições já deveriam ter evoluído. Quem comete esse crime hediondo merece até ser condenado à morte. Pedofilia é um crime que deveria merecer prisão perpétua. Mas ainda temos que lutar muito”, concluiu Susana.