Após reabilitação, Cara Delevingne fala sobre vício em drogas: “Choque de realidade”
Em uma entrevista para a Vogue, Cara Delevingne abriu o coração falando sobre seu vício em drogas e a reabilitação que iniciou após um paparazzi divulgar fotos suas visivelmente alterada em setembro do ano passado.
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“Eu não tinha dormido. Eu não estava bem […] É de partir o coração porque pensei que estava me divertindo, mas em algum momento pensei: Ok, não pareço bem’. Às vezes você precisa de um choque de realidade, então, de certa forma, essas fotos eram algo para se agradecer.”, disse a modelo.
A atriz revelou ter depressão e afirmou que durante a pandemia do Covid-19 teve uma piora em seu quadro por estar totalmente sozinha. “Tive uma crise existencial completa. Todo o meu senso de pertencimento, toda a minha validação – minha identidade, tudo – estava tão envolvido no trabalho. E quando isso acabou, senti que não tinha propósito. Eu simplesmente não valia nada sem trabalho, e isso era assustador. Em vez de dedicar um tempo para realmente aprender algo novo ou fazer algo novo, fiquei muito envolvida nesse sofrimento, lamentando e festejando. Foi uma época muito triste.”
Ela também afirmou que se colocava em situações de risco quando estava no efeito de substâncias ilícitas. “Há um elemento de me sentir invencível quando estou drogada. Eu me colocava em perigo nesses momentos porque não me importava com a minha vida. Eu escalava qualquer coisa e pulava de coisas… Parecia selvagem. É uma coisa assustadora para as pessoas ao seu redor que te amam.”
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Como foi o processo de internação de Cara Delevingne em clínica de reabilitação?
Os amigos da modelo fizeram uma intervenção para ela, após verem seu estado nas fotos divulgadas. “Eu amo muito meus amigos, mas parecia que, na maioria das vezes, eram relacionamentos superficiais apenas porque eu não era capaz de ser honesta sobre as coisas pelas quais estava passando. Eu não queria sobrecarregar ninguém. Também foi tipo… ‘E se as pessoas forem embora?’. Se você perguntar a qualquer um dos meus amigos, eles diriam que nunca me viram chorar”, iniciou Cara.
“A partir de setembro, eu só precisava de apoio. Eu precisava começar a estender a mão. E meus velhos amigos que conheço desde os 13 anos, todos eles vieram e começamos a chorar. Eles olharam para mim e disseram: ‘Você merece uma chance de ter alegria.’, completou. “Esse processo obviamente tem seus altos e baixos, mas comecei a perceber muito. As pessoas querem que minha história seja esse especial depois da escola, onde eu apenas digo: ‘Olha, eu era uma viciada e agora estou sóbrio e é isso.’ E não é tão simples assim. Não acontece da noite para o dia…. É claro que quero que as coisas sejam instantâneas – acho que especialmente nesta geração, queremos que as coisas aconteçam rapidamente – mas tive que cavar mais fundo.”, finalizou ela.
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